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Fisioterapia no câncer de Mama



O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido e outros são mais lentos.

Sabe por que se fala tanto em câncer de mama? Porque ele é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo inteiro e o primeiro no Brasil.

Ele corresponde a uma das principais causas de morte no nosso país. Então diversas campanhas surgiram e ainda surgem no Brasil e no mundo, orientando a população de que o câncer é tratável e curável se for detectado e, claro, tratado no início.

No Brasil, estima-se cerca de 60 mil casos novos por ano, com um risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.

Ele não tem somente uma causa, mas a idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de 4 em cada 5 casos ocorrem após os 50 anos).

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

  • Praticar atividade física regularmente;

  • Alimentar-se de forma saudável;

  • Manter o peso corporal adequado;

  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

  • Amamentar

Mas como eu vou detectar sem ir frequentemente ao médico? Como eu vou saber? Já que existem tipos que se desenvolvem mais rápidos?

E eu te respondo: Tocando-se! Olhando-se! Conhecendo-se!

É importante as mulheres observarem as suas mamas, olharem mesmo para elas e tocá-las de vez em quando no banho, na hora da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano.

Existem técnicas específicas para o exame e autoexame das mamas, mas valorize a descoberta casual de pequenas alterações, se você se olhar, se tocar com frequência e conhecer as suas mamas, qualquer alteração, qualquer mudança, por mínima que seja você vai notar.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

  • Caroço (um nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;

  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;

  • Alterações no bico do peito (mamilo);

  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;

  • Saída espontânea de líquido dos mamilos

Ao notar qualquer destes sinais, você deve procurar um médico para uma avaliação diagnóstica. Porém, essas alterações podem não ser câncer de mama.

Conhecer-se e avaliar-se é importante para a detecção precoce, porque o CA de mama detectado nas fases iniciais, tem mais chances de tratamento e cura.

Todas as mulheres, não importa a idade, podem e devem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas próprias mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres com mais de 50 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos.

Exames preventivos

Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas. Mas ele só dá indícios de câncer de mama.

Uma “manchinha” na mamografia não quer dizer que a mulher tem câncer de mama, são necessários outros exames para que se confirme a doença. Portanto, pode ser um alarme falso, a mamografia é só um marcador, um exame inicial.

Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo e ele mostra melhor, mostra por dentro as alterações suspeitas.

E se você tem risco elevado baseado naqueles fatores que aumentam este risco, converse com o seu médico para decidir a conduta mais apropriada.

A mamografia diagnóstica, assim como outros exames complementares com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico.

Ainda assim, a mamografia diagnóstica geralmente não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

Tratamentos que podem ser realizados

O SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, quando há indicação médica.

Ao diagnóstico de câncer de mama, o programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases: pré-tratamento diagnóstico.

No diagnóstico de câncer de mama, o programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases:

  • Pré-tratamento (diagnóstico e avaliação)

  • Durante o tratamento de quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia

  • Após o tratamento (período de seguimento)

  • Na recidiva da doença e nos cuidados paliativos

Em cada uma dessas fases, é necessário conhecer e identificar as necessidades da paciente, os sintomas e suas causas e o impacto desses nas suas atividades diárias.

Como a fisioterapia como ajudar?

Deve ser instituída fisioterapia sempre para minimizar e prevenir sequelas. Ela tem papel imprescindível na manutenção e melhora da qualidade de vida da mulher e na prevenção de sequelas físicas e motoras, principalmente em relação ao linfedema e mobilidade dos membros superiores.

A abordagem das pacientes também tem uma grande importância quando a fisioterapia está presente. As mulheres são mais acolhidas, instruídas e seguras quando instituída nas fases iniciais da doença.

Porque a fisioterapia fica mais próxima dessas mulheres, passa mais tempo com elas propiciando assim mais tempo para conversar, investigar e esclarecer dúvidas.

No caso da necessidade de cirurgia, independente do tipo, a fisioterapia precoce tem como objetivo prevenir complicações, promover adequada recuperação funcional e isso proporciona melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia.

Tem muita importância na fase pré-operatória, pois reduz o tempo de internação pós-cirurgia e permite que a paciente retorne mais rapidamente às atividades diárias e ocupacionais.

A confirmação da doença e a intervenção cirúrgica, leva a paciente inconscientemente a adotar posturas de tensão muscular na região do pescoço e ombros. Portanto, nessa fase o fisioterapeuta deve avaliar a presença de alterações posturais e tensionais, função do ombro e a força muscular dos braços.

Buscar conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores de risco para as complicações pós-operatórias.

É nessa hora que a paciente tem oportunidade de falar sobre suas ansiedades, tirar dúvidas sobre curativos, pontos, movimentação do braço e o profissional orienta a paciente como será o acompanhamento no pós-operatório. Estabelecendo assim:

  • Contato fisioterapeuta x paciente

  • Avaliação (anamnese e exame físico)

  • Estabelecimento do contato fisioterapeuta x paciente

  • Orientação em relação aos cuidados iniciais com o membro superior, exercícios 90º com o MS até a retirada dos pontos e retorno gradativo às AVD´s

  • Orientações de exercícios respiratórios associados a técnicas de relaxamento

  • Orientações sobre o pós-operatório imediato

No pós-operatório imediato é dado enfoque nas complicações respiratórias, circulatórias e motoras. Ele é marcado pela dificuldade de movimentação do braço, do ombro e pela dor.

Nessa fase procura-se identificar alterações neurológicas ocorridas durante a cirurgia, os sintomas como dor, edema e alterações na dinâmica respiratória.

Logo após a cirurgia, a paciente tem dificuldade de encostar a mão na nuca e de fazer coisas normais do cotidiano como vestir blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã. Pode ter sensação de peso nos braços, formigamento, queimação ou dormência no braço, na axila e na mama.

Os exercícios respiratórios são de grande importância nessa fase, bem como o uso do sutiã compressivo para ajudar a pele a colar e evitar o inchaço na mama e tórax.

A fisioterapia ainda lhe ensinará a fazer a automassagem, que consiste em uma drenagem linfática que você fará no próprio corpo.

Qual o maior objetivo da fisioterapia no tratamento do câncer de mama?

O objetivo maior da fisioterapia é restabelecer brevemente a função de braço, diminuir a dor e prevenir complicações respiratórias, formação de linfedema, cicatrizes, fibroses e aderências.

Para isto você deve seguir corretamente as orientações fornecidas por seu fisioterapeuta e realizar os exercícios propostos.

Já na fase tardia, a gente busca evitar complicações como limitações de movimentos, linfedema e aderência cicatricial.

Após o 15º dia de operação, sem complicações pós-operatórias, serão retirados os pontos. A movimentação total dos braços agora será liberada.

Alguns lugares oferecem tratamento em grupo, outros individual, serão realizados exercícios de alongamento, para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática.

Será trabalhado também a cicatriz para um melhor efeito cosmético. A reabilitação precoce pós-mastectomia proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências e disfunções.

O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você prosseguir com o seu tratamento.

A fisioterapia oncológica, portanto, contribui para a reabilitação do paciente, trazendo independência funcional e possibilitando uma melhor qualidade de vida com retorno à vida social.

Quer saber mais? Deixe aqui suas dúvidas abaixo. Será muito bom lhe orientar.



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