Como fica a autoestima no pós-parto? Prepare-se e viver bem!

No artigo anterior falei sobre a recuperação no pós-parto e isso fez com que eu refletisse mais profundamente nos aspectos relativos à autoestima da mulher neste período.
Por isso, busco aqui me aprofundar nas questões de autoestima para puérpera.
A baixa autoestima da mulher no pós-parto
O puerpério é um período de grandes modificações corporais e psíquicas, predominando um catabolismo intenso. Os primeiros dias após o parto são caracterizados pela passividade e dependências da fase.
A principal causa da ambivalência sentimental (estou feliz com meu novo bebê, mas isso me traz mais preocupações) é a queda brusca dos hormônios que antes eram produzidos e mantidos pela placenta que ali não mais está.
Tristeza no pós-parto
A tristeza após o parto é extremamente comum, atinge cerca de 70% das puérperas, mas é passageira e faz parte destes conflitos de funções e posições, associados a questão hormonal.
Ao voltar para casa, a mulher pode se sentir perdida, sem o apoio e a proteção que encontrou no hospital preparado para isso. Ao dar a luz, a mulher precisa de uma rede de apoio que a proteja, auxilie e muitas vezes, oriente neste período. A nova fase, cheia de novos conceitos e conhecimentos pode gerar na mulher uma crise social e psicológica com conflitos internos que contribuem para uma desorganização, quebra de funções, alterando toda a estrutura pré-formada ou idealizada.
O que fazer?
Viver. Deixar passar. Deixar sentir. Conversar.
Faça o que está ao seu alcance, não se martirize, tudo vai passar, tudo vai melhorar, mas tudo é preciso ser vivido e sentido. Não sinta pena de si, nem do seu filho, nem de nada.
Ele está aí, só seu, pra você, dependente do seu amor, carinho e atenção.
A contribuição da rede de apoio ao lado da mulher
Os outros podem ajudar e muito proporcionando segurança e conforto no puerpério. Ajudando a mulher a cuidar de si e do bebê. Deixando-a tomar banho por um tempo maior, preparando a comida dela, servindo um copo com água sempre, deixando-a tranquila quanto às visitas, ao cuidado da casa e cuidando do nenê para que ela. Ao mínimo sinal de desconforto, insista para que ela procure o seu obstetra e tire suas dúvidas.
Os mais próximos ao perceberem que essa tristeza está durando mais do que duas semanas, devem orientar a mulher a procurar ajuda profissional e investigar se não há algo mais profundo neste caso.
O papel do parceiro
O parceiro deve ser parceiro, simples assim!
Ele é o elo, a ponte de apoio desta nova mãe. Estar presente, se fazer presente e atuante é o seu principal papel. Ele deve lembrar que não só a mulher precisa dele, do carinho dele, dos cuidados e da presença, mas também o bebê.
A base do desenvolvimento da personalidade e da saúde mental do bebê está relacionado com a boa relação e afetuosidade da mãe com o pai.
Dica especial
Vale lembrar que toda mulher fica triste no pós-parto e aquela idealização de felicidade suprema e sublime não existe na vida real.
Ela, a vida real, é cheia de tropeços, choros, noites mal dormidas, olheiras, cocôs, xixis e vômitos.
Não é porque você está esgotada que você é uma má mãe, este período realmente é uma prova de fogo, mas logo logo vocês (mãe e bebê) estarão se conhecendo melhor e as coisas vão estar mais adaptadas, é só esperar passar, mas só passa se viver.
Ficou mais tranquila?
Relate aqui abaixo quais são suas dores ou situações vivenciadas por você nesta fase. Seu depoimento pode também ajudar outra mulher que está vivendo este conflito neste momento.